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O ex-presidente Fernando Collor foi preso na madrugada desta sexta-feira (25), por volta das 4h, no aeroporto de Maceió (AL), enquanto tentava embarcar para Brasília. Segundo sua defesa, ele estava indo se apresentar de forma voluntária após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou sua prisão imediata.
No momento, Collor está custodiado na Superintendência da Polícia Federal em Maceió. A PF aguarda uma decisão do STF sobre a possível transferência para Brasília.
A ordem de prisão foi emitida na quinta-feira (24), e a defesa disse que recebeu a notícia com surpresa. Collor não resistiu à prisão.
Por que ele foi preso?
Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele teria recebido R$ 20 milhões em propina entre 2010 e 2014, em troca de apoio político e nomeações para cargos na BR Distribuidora (hoje Vibra Energia), segundo delação do ex-presidente da empreiteira UTC.
Além da prisão, o ex-presidente também foi condenado a:
- pagar multa de 90 dias;
- indenizar a União em R$ 20 milhões, junto com outros dois réus;
- e está proibido de exercer cargos públicos por um período equivalente ao dobro da pena.
Próximos passos no STF
A decisão de Alexandre de Moraes ainda precisa ser analisada pelo plenário do STF, já que foi tomada individualmente. A sessão extraordinária está marcada para esta sexta-feira, com votação dos ministros entre 11h e 23h59.
O que diz a defesa
A defesa afirmou que Collor tinha intenção de se apresentar de forma voluntária e que vai questionar a decisão no STF. Os advogados também cogitam pedir que ele cumpra a pena em casa, alegando que, aos 75 anos, Collor tem saúde frágil.
