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A recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 25% sobre a importação de ferro e aço pode causar um prejuízo significativo para Minas Gerais, estimado em mais de R$ 800 milhões. As novas tarifas entram em vigor nesta quarta-feira (12).
Segundo um estudo da Fundação João Pinheiro (FJP), essa medida pode impactar diretamente a riqueza gerada pelo setor siderúrgico do estado. Três cenários foram analisados: uma queda de 5%, 10% e 15% nas exportações mineiras. No primeiro caso, a economia pode sofrer um impacto de R$ 279,62 milhões. Se a redução for de 10%, a perda pode chegar a R$ 559,23 milhões. No pior cenário, com uma queda de 15%, o prejuízo pode atingir R$ 838,85 milhões.
A Fundação João Pinheiro alerta que os números são estimativas preliminares, mas destacam a importância do tema, já que Minas Gerais é um dos principais exportadores de ferro e aço do país. Qualquer redução nas vendas para os Estados Unidos pode gerar um efeito cascata na economia do estado.
O pesquisador Lúcio Otávio Seixas, da FJP, pondera que o impacto pode ser mitigado caso novos mercados sejam encontrados. Ele sugere que outros países ou até estados brasileiros podem assumir a demanda antes suprida pelos Estados Unidos, minimizando as perdas.
“Embora estejamos prevendo uma queda nas exportações, há a possibilidade de que esses produtos sejam direcionados para outros mercados. Isso pode reduzir os impactos negativos da medida”, afirmou Seixas em entrevista à rádio Itatiaia.
A reportagem tentou contato com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e o Instituto Aço Brasil e aguarda retorno.
