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Rodrigo Pacheco está na lista de alvos de grupo de extermínio investigado pela PF
Grupo investigado por assassinato de advogado atuava com espionagem de autoridades e venda de sentenças; organização era formada por militares e civis armados.
O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado, é um dos alvos de espionagem do grupo criminoso investigado pela Polícia Federal (PF), responsável pelo assassinato do advogado Roberto Zampieri — conhecido como “lobista dos tribunais”. A informação foi revelada pela GloboNews.
Segundo a PF, o grupo, formado por militares da ativa e da reserva, além de civis frequentadores de clubes de tiro, funcionava como uma empresa clandestina especializada em espionagem e execuções sob encomenda. A organização cobrava até R$ 250 mil para monitorar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e mantinha um arsenal de guerra com fuzis de precisão, pistolas com silenciador, lança-rojões e explosivos.
A descoberta surgiu durante a 7ª fase da Operação Sisamnes, que apura um esquema de venda de sentenças em tribunais estaduais e no STJ. O grupo, autodenominado “Comando C4” (Comando de Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos), mantinha uma tabela de preços para espionagem e é suspeito de atuar como grupo de extermínio.
O nome de Pacheco aparece entre os alvos listados em anotações manuscritas encontradas pela PF. Em nota, o senador repudiou a intimidação e classificou o caso como um ataque à democracia.
O grupo é apontado como responsável pela execução de Zampieri, morto com 10 tiros em frente ao próprio escritório em Cuiabá, em dezembro de 2023. A apuração ligou o crime à disputa por decisões judiciais e à negociação de sentenças nos tribunais de Justiça do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.
O caso revelou a existência de um esquema maior que envolve magistrados, advogados e políticos. Entre os investigados estão desembargadores afastados pelo CNJ, conselheiros de tribunais de contas e empresários suspeitos de lavar dinheiro, fraudar contratos e contratar funcionários fantasmas.