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A primeira fase da operação Arcanjo, realizada nesta quarta-feira (23/4), pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) resultou em três prisões, fruto de investigações que apuraram a prática de crimes sexuais envolvendo crianças. Os crimes foram cometidos em bairros da área Leste e Centro-Sul da capital mineira. Dois dos alvos foram localizados em Belo Horizonte e outro em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
A ação policial envolveu as equipes da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) em desdobramento às investigações já concluídas com indiciamento dos suspeitos por estupro de vulnerável. Foram cumpridos dois mandados de prisão por condenação e um de prisão preventiva.
Condenação
Um dos presos foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão por estupro de vulnerável. A investigação iniciou e foi concluída no ano de 2019, com o indiciamento do suspeito, à época com 23 anos. Ele teria abusado da enteada de 7 anos quando a mãe estava ausente em casa, informou a delegada Thaís Degani, responsável pela investigação. “Os fatos ocorreram no bairro Sagrada Família, região Leste da capital, e o mandado de prisão, expedido em abril deste ano, foi cumprido no bairro Tupi, também em Belo Horizonte”, informou.
O outro alvo, hoje com 57 anos, condenado a 15 anos, seis meses e 20 dias pelo crime cometido no bairro Calafate, região Centro-Sul da capital, foi preso em Betim, na RMBH. A investigação aponta que ele abusou sexualmente da enteada do irmão dele. De acordo com a delegada Fernanda Fiúza, que presidiu o inquérito, essa prisão condenação é relativa a um fato ocorrido em 2019. “Ele tinha o hábito de passar finais de semana e feriados na casa do irmão para fazer serviço de pintura, ajudar como pedreiro, e lá havia duas enteadas, uma de 16 e outra de 11 anos, e o homem se aproximou da menina de 11 anos. A avó materna percebeu o interesse do homem e alertou os pais da vítima”, descreveu Fiúza.
Ainda segundo a delegada, a criança disse ter sido abusada de janeiro a julho de 2019, quando completou 11 anos. ”Entre os abusos, ela relatou que houve uma tentativa de conjunção carnal que só não se consumou porque a irmã de 16 anos chegou na hora”, complementou.
Preventiva
O terceiro suspeito, de 68 anos, foi preso preventivamente por estupro de vulnerável, crime que o investigado foi indiciado em 2023. Ele teria abordado a vítima, de 9 anos, enquanto ela brincava com os primos na rua. A delegada Thaís Degani, que conduziu a investigação, relatou que o homem atraiu a criança com doces. Ele foi preso em flagrante na data dos fatos. “O suspeito se aproximou, ofereceu balas, beijou e passou a mão no corpo da menina”, detalhou Degani. Ainda, segundo a delegada, o homem ameaçou as demais crianças com uma faca e foi preso por militares.
