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Mulher que se passava por homem é presa por crimes de violência

Nesta sexta-feira (21/6), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu preventivamente, no bairro Pindorama, região Noroeste de Belo Horizonte, uma mulher, de 33 anos, investigada por violência psicológica, perseguição e ameaça. A suspeita se passava por um homem para cometer os crimes. Até o momento, cinco vítimas foram identificadas, todas mulheres, de 33 a 47 anos.

As investigações, realizadas pela equipe da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) da capital, tiveram início a partir da denúncia de uma das vítimas. De acordo com a delegada Karine Tassara, responsável pelo inquérito policial, a suspeita teria criado um perfil falso nas redes sociais com a foto de uma pessoa do sexo masculino e mantinha relacionamento afetivo com outras mulheres de forma virtual, até que a vítima, sem acesso ao rosto do suposto homem, terminava o relacionamento, momento em que a investigada iniciava as perseguições e as ameaças. As vítimas nunca viram o rosto do personagem criado, apenas o perfil falso com o nome Dyego.

“A vítima afirmou que conheceu uma pessoa de nome Dyego por meio de uma rede social e manteve um relacionamento de forma virtual, de tal modo que ela nunca viu o rosto dessa pessoa. Havia um controle psicológico muito grande a ponto de convencer essa mulher a permanecer com o telefone desligado em uma madrugada inteira para monitorar tudo que ela fazia”, relatou Tassara.

“Durante o relacionamento, essa vítima passou muitas informações a seu respeito para esse personagem, esse Dyego. Contudo, quando ela tentou findar o relacionamento, o suposto homem passou a perseguir e ameaçar essa mulher”, informou a delegada. “Ele perseguiu empresas que ela frequentava, realizava inúmeras ligações, congestionando a linha telefônica de estabelecimentos comerciais, e chegou a ir até a residência dessa mulher, onde fotografou o tapete da entrada da residência dela”, afirmou Tassara. Ainda, segundo a delegada, esse foi o mesmo modo de atuação da investigada com outras vítimas que tinham o mesmo perfil. “Eram mulheres bonitas, com cabelos longos e com bons empregos”, revelou Karine.

Na delegacia, a suspeita confessou à Polícia Civil que tinha ódio de mulheres, por esse motivo torturava psicologicamente, ameaçava e perseguia mulheres. “Ela se intitulou como heterossexual, afirmou inclusive que tinha um namorado homem ao mesmo tempo em que mantinha os relacionamentos virtuais com mulheres. E afirmou que as mulheres que namoravam o Dyego, incorporando o personagem”, destacou a delegada.

A delegada Danúbia Quadros, chefe da Divisão Especializada em Atendimento à Mulher, ao Idoso, à Pessoa com Deficiência e Vítimas de Intolerância destacou a importância do trabalho investigativo realizado pela equipe da Deam, que culminou na prisão da investigada e também para identificar outras vítimas, se houver.

As investigações prosseguem para elucidar de forma completa os fatos, verificar as demais práticas criminosas e identificar eventuais vítimas.

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