Mulher morre após pagar quase R$ 50 mil em procedimento estético

A morte de uma mulher de 60 anos após um procedimento estético em Belo Horizonte está sob investigação pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Laudelina Gomes Machado faleceu durante uma intervenção na qual se propunha a elevar os glúteos por meio da aplicação de polimetilmetacrilato (PMMA), uma prática não recomendada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Segundo o relato registrado no boletim de ocorrência pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o procedimento estava marcado para as 9h30. O médico responsável pela intervenção afirmou ter administrado anestesia local na paciente e, em seguida, aplicado o PMMA.

Após o procedimento, a paciente se levantou e queixou-se de sono intenso. Logo em seguida, desmaiou, urinou e vomitou. Seu estado de saúde deteriorou-se rapidamente, levando à intervenção de um médico cardiologista presente no local, que tentou reanimá-la. Infelizmente, a paciente não sobreviveu.

O parceiro da vítima relatou que ela já havia passado por outras três sessões com o mesmo médico, sendo esta a quarta. Cada sessão custou R$ 12 mil. O casal descobriu a clínica pela internet e decidiu realizar os procedimentos. Segundo ele, a paciente não apresentava problemas de saúde além de tomar medicamentos regulares para pressão arterial. Ele também afirmou que a companheira estava entusiasmada com o procedimento estético.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica desaconselha o uso do PMMA para fins estéticos, recomendando-o apenas para correções de pequenas deformidades. Entre as complicações associadas ao uso do produto, estão a formação de nódulos, massas e processos inflamatórios infecciosos.