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Moraes volta a negar recurso e mantém depoimento pessoal de Bolsonaro na PF
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, rejeitou pela segunda vez em menos de 24 horas o pedido da defesa de Jair Bolsonaro para que o presidente fosse dispensado de comparecer à superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, onde deveria prestar depoimento sobre as acusações de participação em uma alegada tentativa de golpe de Estado.
O interrogatório, marcado para esta quinta-feira (22), faz parte da operação Tempus Veritatis, que investiga “a tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito” no Brasil, deflagrada em 8 de fevereiro pela PF. Os advogados de Bolsonaro têm buscado acesso à parte do processo relacionada à delação premiada do ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid.
Na segunda-feira (19), Moraes, relator do caso no STF, permitiu a consulta aos autos, desde que não envolvessem diligências em andamento ou o acordo de colaboração de Cid com a Justiça. Na ocasião, também rejeitou o pedido de dispensa ou adiamento do depoimento, alegando que o presidente teve acesso integral às diligências e provas do processo.
Ao negar o novo pedido de adiamento do interrogatório, Moraes destacou que a defesa insiste em argumentos já rejeitados, ressaltando que Bolsonaro teve acesso completo às diligências e provas do caso. O ministro determinou a comunicação da decisão aos advogados, à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República.
Segundo as investigações da PF sobre a suposta tentativa de golpe, há citações indicando que Bolsonaro pessoalmente ordenou ajustes em uma minuta golpista. O documento final incluía ordens de prisão para diversas autoridades, como Moraes, o ministro Gilmar Mendes e o presidente do Congresso Nacional e do Senado, Rodrigo Pacheco.
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