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Menino de 7 anos morre após comer ovo de Páscoa envenenado
Um crime bárbaro chocou o município de Imperatriz, no Maranhão, nesta semana. Um menino de apenas sete anos morreu após consumir um ovo de Páscoa supostamente envenenado. A mãe e a irmã da criança também ingeriram o doce e seguem internadas em estado grave. A principal suspeita do crime, uma mulher de 36 anos, foi presa em flagrante pela Polícia Civil do Maranhão menos de 12 horas após o ocorrido.
De acordo com as investigações, a suspeita seria motivada por ciúmes e desejo de vingança. Ela é ex-namorada do atual companheiro da mãe das crianças, uma das vítimas do envenenamento.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-MA) confirmou que a mulher foi presa na tarde de quinta-feira, 17 de abril, após uma operação conjunta entre a Polícia Civil e o Centro de Inteligência da SSP. A prisão ocorreu em uma rodovia, enquanto ela viajava de ônibus intermunicipal de Imperatriz para Santa Inês, onde atualmente reside.
Suspeita usou perucas e comprou o chocolate envenenado
Imagens de câmeras de segurança de um estabelecimento comercial de Imperatriz foram fundamentais para a identificação da autora do crime. Nas gravações, a mulher aparece usando uma peruca ao comprar o chocolate usado no atentado. Além disso, depoimentos de testemunhas e familiares confirmaram à polícia que a suspeita seria a autora da ação criminosa.
Durante a abordagem no ônibus, os policiais apreenderam duas perucas (uma loira e outra preta), restos de chocolate, medicamentos e bilhetes de passagens de ônibus. Um dos bilhetes foi adquirido na segunda-feira, 14 de abril, dois dias antes do envio do presente envenenado à família.
Segundo a polícia, a mulher ficou hospedada em um hotel durante o curto período em que permaneceu em Imperatriz, o que reforça a premeditação do crime.
Chocolate foi entregue por mototaxista
O ovo de Páscoa foi entregue à residência da família por volta das 19h da quarta-feira, 16 de abril, por um mototaxista que havia sido contratado pela suspeita. Em depoimento à polícia, o mototaxista afirmou não conhecer a verdadeira natureza da encomenda e não ter nenhum envolvimento com o crime. Até o momento, não há indícios de que ele tenha participado da ação criminosa.
A participação do atual companheiro da mãe das vítimas também foi descartada. Ele foi ouvido pela polícia e seu depoimento foi considerado essencial para chegar até a ex-companheira, agora apontada como autora do envenenamento.
Investigação segue em andamento
O corpo do menino foi submetido a exame de necropsia no Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz. O laudo definitivo que apontará a causa da morte ainda está sendo aguardado. A Polícia Civil também requisitou a atuação do Instituto de Criminalística para a coleta de amostras de material que serão analisadas em laboratório, a fim de confirmar a presença de substâncias tóxicas nas vítimas hospitalizadas.
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Imperatriz concluiu o flagrante na noite de quinta-feira e remeteu o inquérito à Justiça da cidade de Santa Inês. A suspeita encontra-se detida na unidade prisional do município, aguardando audiência de custódia, onde a Justiça decidirá sobre a manutenção de sua prisão.
Repercussão e indignação
O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais e na imprensa local e nacional, gerando comoção e revolta por conta da brutalidade do crime. O uso de um presente comum como o ovo de Páscoa, associado a um gesto de carinho, para cometer um assassinato chocou moradores da região e levantou debates sobre a segurança em entregas e o acesso a substâncias tóxicas.
A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão afirmou que dará continuidade às investigações para esclarecer todos os detalhes do caso e garantir que a autora seja responsabilizada na forma da lei.