Desenvolvimento Única Sites
Itabiraprev: Servidor Municipal envia carta a redação questionando a saúde financeira do instituto de previdência dos servidores
Um servidor municipal de Itabira enviou uma carta à redação do Itabiramais, expressando preocupações sobre o Instituto de Previdência dos Servidores Municipais (Itabiraprev). O remetente, optando pelo anonimato por receio de perseguições, destaca uma situação alarmante: o atual déficit no Itabiraprev demandaria mais de 16 anos para ser zerado.
Contudo, a aprovação do novo Plano de Cargos e Salários dos Servidores levanta ainda mais apreensões, pois, segundo os documentos apresentados, esse prazo poderá se estender para mais de 31 anos.
As preocupações do servidor destacam a urgência de uma análise aprofundada sobre a saúde financeira do Itabiraprev.



Leia a carta do servidor na integra:
“Prezados colegas servidores municipais,
Espero que esteja feliz! Dirijo-me a todos os servidores, com um misto de ansiedade, preocupação e esperança, Esses sentimentos têm marcado meus dias, diante da atual tramitação do Plano de Cargos, Salários e Vencimentos da Prefeitura de Itabira.
Ando ansioso, porque compreendo que a aprovação desse plano terá um impacto significativo em nossas carreiras, delineando nosso futuro profissional e influenciando diretamente em nossas aposentadorias e benefícios futuros.
Contudo, a preocupação toma conta de mim ao considerar que esse projeto de lei, prestes a se tornar lei, acarretará um ônus considerável aos cofres públicos, ultrapassando a marca de 60 milhões de reais anuais. Recentemente, nas sessões da Câmara Municipal de Itabira, pude observar as demonstrações de contas do Instituto ItabiraPrev, revelando um déficit superior a 710 mil reais no período. Este prejuízo já nos levou ao aumento da alíquota de contribuição, e agora me questiono: com um impacto maior em nossa folha, esse déficit não se tornará ainda mais expressivo? Como ficará a situação do servidor ao operar sua aposentadoria em um instituto operando no vermelho?
Tive conhecimento, por meio de fontes internas, que a aprovação do novo Plano de Cargos, Salários e Vencimentos pode aumentar esse déficit, estendendo o período para saná-lo de 16 anos e 6 meses para 31 anos e 5 meses, além de demandar novos aumentos na alíquota de contribuição. Isso significa que, ao invés dos atuais 14%, teríamos que contribuir com um percentual ainda maior.
Minha intenção ao compartilhar essas preocupações não é causar temor, mas sim incentivar uma análise mais profunda sobre as implicações reais desse plano em nossas vidas. Estamos pressionando por algo que, no fim das contas, pode nos levar a beira do precipício, sem garantias claras para o futuro. Como podemos ter confiança em nossa aposentadoria se a real situação do Instituto não é apresentada de forma transparente?
A esperança, no entanto, não se dissipa completamente. Acredito que a aprovação desse plano pode ser um divisor de águas temporário, uma ponte para união e celebração da recuperação do protagonismo e da democracia em nossas discussões. Contudo, é essencial considerar as diferentes alas de opinião dentro de nossa categoria, buscando um consenso que não sacrifique a justiça e a equidade.
Chamo-os à uma reflexão cuidadosa. Será que a aprovação deste Plano pode ser o início do fim, ou estamos diante de uma oportunidade única para moldar positivamente nosso futuro? Encorajo-os a analisar pessoalmente, considerando seus dilemas, medos e incertezas, para que não decidamos, apenas, no calor do momento, mas com uma visão clara do que está por vir.
O tempo urge, colegas. Conto com a ponderação e a sabedoria de cada um de vocês para construirmos juntos um caminho seguro para nossas futuras aposentadorias.”
Mesmo após o envio de nosso pedido, lamentamos informar que a Assessoria de Comunicação da Prefeitura não forneceu retorno até o término desta matéria.
Os comentários estão fechados, mas trackbacks E pingbacks estão abertos.