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Na madrugada de sexta-feira (13), Israel lançou um ataque aéreo contra uma instalação nuclear do Irã, localizada na cidade de Natanz. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o local atingido era uma unidade de enriquecimento de urânio. As explosões foram tão fortes que puderam ser ouvidas na capital iraniana, Teerã, onde moradores entraram em pânico.
De acordo com o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, a ofensiva foi massiva: mais de 200 caças participaram e foram usadas cerca de 330 tipos diferentes de munições. O objetivo declarado era atingir alvos militares e nucleares do regime iraniano. Esse ataque ocorreu um dia após a AIEA ter censurado o Irã por violar acordos do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).
Poucas horas depois, veio a resposta. O Irã lançou mais de 100 drones contra Israel, segundo o Exército israelense. Para evitar consequências maiores, Jordânia e Iraque decidiram fechar seus espaços aéreos temporariamente.
O conflito entre os dois países já vinha se agravando há semanas, especialmente após um ataque israelense a uma base iraniana na Síria em abril. Desde o ataque do Hamas a Israel, em outubro de 2023, a tensão entre os dois países se tornou mais aberta e perigosa, deixando de ser apenas uma guerra nos bastidores.
A comunidade internacional reagiu rapidamente. Arábia Saudita, Omã e Líbano condenaram com firmeza a ação israelense, classificando-a como uma violação das leis internacionais. O presidente do Líbano afirmou que o bombardeio ameaça a estabilidade da região.
O Irã também acusou os Estados Unidos de terem autorizado o ataque, algo negado pelo secretário de Estado norte-americano. Mesmo assim, o Irã pediu uma resposta firme do Conselho de Segurança da ONU.
Em discurso à nação, o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, prometeu uma reação forte e convocou a população a apoiar o governo em meio à crise. A situação se torna ainda mais delicada, pois uma nova rodada de negociações nucleares entre Irã e EUA está marcada para domingo (15), em Omã — e pode agora nem acontecer.
O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, também se pronunciou, criticando o Irã pela demora em firmar um novo acordo nuclear e alertando para o risco de novos ataques.
Com a confirmação de que a instalação nuclear em Natanz foi realmente atingida, cresce o temor de que o Irã reaja com mais força. Autoridades do país já sinalizaram que podem abandonar de vez o tratado nuclear e avançar com o enriquecimento de urânio, o que pode tornar o cenário no Oriente Médio ainda mais instável.
