Frieza e interesse: Tudo o que se sabe sobre mulher suspeita de envenenar namorado com brigadeiro

O empresário Luiz Marcelo Ormond foi encontrado morto no final de maio, no apartamento onde morava com Júlia. Câmeras de segurança registraram as últimas imagens de Luiz no elevador do prédio, acompanhado por Júlia, já apresentando sinais de perda de consciência.

Frieza de Júlia

O delegado Marcos Buss, em entrevista ao Fantástico, classificou o crime como “aberrante” devido à extrema frieza da suspeita. Júlia e Marcelo se conheciam desde 2013, mas oficializaram o namoro em 2023, apesar da desaprovação de amigos e familiares do empresário. Em abril deste ano, eles passaram a morar juntos na Zona Norte do Rio de Janeiro, no apartamento onde Luiz Marcelo teria sido envenenado.

No depoimento à Polícia Civil, prestado em 22 de maio e exibido pela TV Globo, Júlia aparentava frieza e sorria dois dias após o corpo de Marcelo ser encontrado em avançado estado de decomposição. Ela contou que o casal brigava frequentemente, mas negou envolvimento na morte, alegando que haviam se separado em 20 de maio.

Interesse em União Estável

Amigos do empresário revelaram que o casal enfrentava crises e que Júlia tinha interesse em formalizar uma união estável com Luiz Marcelo. Um amigo de Marcelo contou ao Fantástico que ele tinha medo de casar devido à preocupação com seus bens em caso de separação.

Circunstâncias da Morte

Imagens de câmeras de segurança do elevador ajudaram a polícia a entender o envolvimento de Júlia na morte. Luiz aparece nas imagens já perdendo a consciência e avisando Júlia que não estava bem. Dias depois, Júlia foi vista no elevador levando uma vida normal, enquanto a polícia acredita que o empresário já estava morto no apartamento.

Segundo o delegado Marcos Buss, Júlia permaneceu no apartamento com o cadáver por cerca de 3 a 4 dias, durante os quais se alimentou e se exercitou na academia do prédio.

Foram os vizinhos que, ao sentirem um cheiro forte, chamaram a polícia. O corpo de Luiz Marcelo foi encontrado no sofá em avançado estado de decomposição.

Detalhes do Envenenamento

Suyany Breschack, uma amiga de Júlia e cigana, está presa por suspeita de envolvimento na morte. Ela afirmou que Júlia fazia sessões de cura com ela e devia cerca de R$ 400 mil. Júlia chegou a entregar o carro do empresário, avaliado em R$ 65 mil, para diminuir a dívida.

Suyany relatou que Júlia confessou ter envenenado o namorado usando Dimorf, um analgésico potente, dissolvendo comprimidos em um brigadeirão servido a Luiz Marcelo. Victor Ernesto de Souza, ex-namorado de Suyany, também está preso por receptação, tendo recebido o carro do empresário.

O delegado Marcos Buss afirmou que Júlia estava em processo de formalização de uma união estável com Luiz Marcelo, mas ele desistiu, o que pode ter motivado o homicídio, descartando a hipótese de latrocínio.