Desenvolvimento Única Sites
Desembargador indicado por Lula vota pela cassação de Moro no TRE-PR
O desembargador José Rodrigo Sade, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), emitiu seu voto nesta quarta-feira (3), recomendando a cassação do mandato e a inelegibilidade do senador Sergio Moro, do partido União Brasil-PR. O desembargador considerou que o ex-juiz da Lava Jato cometeu crime eleitoral, envolvendo abuso de poder econômico e utilização de caixa dois durante sua campanha em 2022, quando inicialmente se lançou como pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos e, posteriormente, após mudança de partido, concorreu ao Senado.
Com o voto de Sade, o placar do julgamento de Sergio Moro na Corte Eleitoral ficou empatado em 1 a 1. Na sessão anterior, realizada na segunda-feira (1), o relator das ações contra o senador, Luciano Carrasco Falavinha Souza, indeferiu o pedido de cassação apresentado pelos partidos PT e PL, emitindo parecer contrário à cassação e inelegibilidade do senador.
O voto do relator foi discordante do parecer do Procurador Regional Eleitoral Marcelo Godoy, que recomendou a cassação da chapa majoritária que elegeu Moro senador em 2022, bem como a inelegibilidade do ex-juiz e de seu primeiro suplente, Luis Felipe Cunha.
O julgamento prosseguirá com o voto de mais cinco magistrados: Claudia Cristina Cristofani, Anderson Ricardo Fogaça, Guilherme Frederico Hernandes Denz e Julio Jacob Junior. Para que o senador seja cassado, a maioria dos magistrados precisa considerá-lo culpado. O presidente do TRE, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, será o último a votar e, em caso de empate, terá o voto decisivo.
No entanto, mesmo que haja uma decisão desfavorável, isso não determinará o destino político definitivo de Sergio Moro. Independentemente do veredicto, o senador ainda terá a opção de apresentar recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O cerne do processo está relacionado à sua movimentação política para as eleições de 2022, quando, em novembro do ano anterior, Moro ingressou no Podemos e demonstrou interesse em concorrer à Presidência, antes de mudar de partido e se lançar ao Senado pelo União Brasil.
Os comentários estão fechados, mas trackbacks E pingbacks estão abertos.