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“Denúncia de Interferência: Servidores acionam Ministério Público contra suposta intervenção da prefeitura em paralisação autorizada somente para os professores.”
A cidade de Itabira vive um capítulo tenso em sua administração pública, marcado por uma divisão entre servidores municipais. O embate se intensificou com o anúncio de uma paralisação por parte dos professores da rede municipal para os dias 27 e 28 de novembro, visando pressionar pela votação imediata do plano de cargos e salários. No entanto, um grupo oposto não tardou em se organizar, formalizando uma denúncia no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contra o movimento grevista.
A denúncia, protocolada nesta quinta-feira (24), contesta o apoio explícito da Prefeitura de Itabira à paralisação. Entre os pontos apresentados, destaca-se a alegação de que o governo municipal estaria estimulando uma greve considerada infundada, e que a medida impediria a presença de manifestantes contrários à proposta, devido à limitação de espaço no plenário da Câmara.
Os denunciantes também argumentam que a postura da Prefeitura compromete a independência entre os poderes Legislativo e Executivo. A gestão Marco Antônio Lage (PSB) é acusada de influenciar os servidores apoiados por ela a exercerem pressão sobre os vereadores.
Um líder do grupo que optou por não se identificar detalhou a ação, explicando que a denúncia questiona se a Prefeitura autorizou ou não o corte do ponto dos servidores que pretendem participar da manifestação na próxima segunda-feira. A preocupação reside na possível interferência do Poder Executivo sobre o Poder Legislativo, desrespeitando a independência dos poderes.
A vereadora Rose Félix (MDB) revelou que cerca de 20 categorias estão insatisfeitas com o plano, alegando falta de diálogo com a Prefeitura e solicitando novas rodadas de conversa.
A situação ganha ainda mais complexidade com a posição do presidente da Câmara, Heraldo Noronha Rodrigues (PTB), principal opositor à votação imediata do projeto de lei. Na última reunião extraordinária, Heraldo propôs a análise separada da criação da Secretaria de Segurança, Mobilidade e Defesa Civil, prevista na reforma administrativa, gerando irritação entre os servidores da Educação e prolongando o trâmite do plano de cargos e salários.
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