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Crianças de até 5 anos morrem mais de dengue, revela pesquisa

No Brasil, as estatísticas revelam que crianças com menos de cinco anos são mais susceptíveis a óbitos por dengue, seguidas pelas faixas etárias de cinco a nove anos. Por outro lado, os adolescentes entre 10 e 14 anos têm o maior número de casos registrados este ano. Essas constatações derivam de um levantamento realizado pelo Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), um projeto da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com sede no Rio de Janeiro.

O estudo, baseado nos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde até 9 de março, revela que, embora as crianças de zero a cinco anos concentrem o menor número de casos, foram as mais afetadas por formas graves da doença, seguidas pelas crianças de cinco a nove anos. Cristiano Boccolini, coordenador do Observa Infância, ressaltou a importância da vacinação e das medidas preventivas para todas as faixas etárias.

“O Ministério da Saúde acerta em vacinar o grupo onde estamos vendo mais casos. Nossa recomendação é que a imunização avance para as crianças mais novas, de cinco a nove anos, que, proporcionalmente, estão morrendo mais”, afirmou Boccolini. Segundo o estudo, dos 239.402 casos notificados em crianças até 14 anos, a maioria ocorreu entre adolescentes de 10 a 14 anos.

Quanto aos óbitos, a situação se inverte, com crianças menores de cinco anos representando a maior proporção das vítimas, seguidas pelas faixas de cinco a nove anos e 10 a 14 anos, indicando uma diminuição gradual da proporção de óbitos com o aumento da idade. O levantamento também destaca um aumento de 21,2% no número de óbitos na décima semana epidemiológica em relação à anterior, exigindo um reforço nas medidas de prevenção.

A letalidade, medida pelo número de óbitos em relação ao total de casos, é mais alta entre crianças menores de cinco anos, sendo cinco vezes superior à faixa de 10 a 14 anos. O Observa Infância, além de analisar dados, busca divulgar informações científicas para promover a compreensão sobre a saúde das crianças até cinco anos e facilitar o acesso à informação qualificada.

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