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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento à Polícia Federal em Brasília na tarde de quinta-feira (5). A investigação é sobre o seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente mora nos Estados Unidos.
Eduardo está sendo investigado por tentar pressionar autoridades brasileiras, buscando punições contra elas por meio do governo dos EUA. O inquérito foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A suspeita é de que ele esteja tentando interferir no julgamento da tentativa de golpe de Estado que levou aos ataques de 8 de janeiro de 2023.
Além disso, Bolsonaro foi chamado para explicar se está bancando as despesas do filho nos Estados Unidos.
Em março, Eduardo se afastou do cargo e anunciou nas redes sociais que iria morar fora do país. Ele afirma que seu objetivo é combater o que considera uma “perseguição política” contra seu pai. A PGR destacou que Eduardo publicou mensagens pedindo que o governo Trump aplique sanções contra autoridades brasileiras. Essas punições poderiam incluir cancelamento de vistos, bloqueio de bens e restrições comerciais.
Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, as ações de Eduardo têm um “tom intimidatório” contra investigadores e juízes brasileiros, e parecem tentar impedir um possível julgamento.
Na semana anterior, os Estados Unidos anunciaram novas medidas para restringir a entrada de estrangeiros que tentem censurar cidadãos ou empresas americanas — e isso pode atingir também familiares.
Eduardo respondeu à investigação com uma postagem na rede X (antigo Twitter), dizendo:
“Antes eu era chacota, hoje sou ameaça à democracia. (…) Brasil vive num Estado de exceção.”
