Com a morte do papa Francisco e a expectativa de um novo conclave para escolher seu sucessor, voltou a circular uma antiga teoria conhecida como “Profecia dos Papas”. Ela foi criada por São Malaquias, um bispo da Irlanda, no século XII. Segundo essa profecia, o próximo papa pode ser o último antes do chamado “fim do mundo”.
A teoria diz que Malaquias teve uma visão em 1139, mas ela só foi descoberta em 1595 por um monge chamado Arnold Wion. Nessa visão, Malaquias teria listado 113 frases em latim, cada uma representando um futuro papa. Segundo ele, o último papa seria chamado “Pedro, o Romano” e enfrentaria muitas dificuldades. Depois disso, aconteceria o fim do mundo.
Apesar de parecer misteriosa, estudiosos como o padre Paulo Ricardo e o bispo Dom Estevão Bettencourt (falecido em 2008) afirmam que essa profecia provavelmente foi inventada por razões políticas, numa época em que havia muita disputa pelo poder na Igreja. Por isso, muitos especialistas acreditam que ela não é confiável.
E o novo conclave?
Segundo as regras criadas pelo papa João Paulo II em 1996, o conclave – reunião para eleger um novo papa – deve acontecer de 15 a 20 dias após a morte ou renúncia do papa. Quem escolhe o novo líder são os cardeais da Igreja, e a maioria dos que participarão foi escolhida pelo próprio papa Francisco.
Atualmente, existem 252 cardeais. Desses, 138 têm menos de 80 anos e podem votar. A reunião acontece em segredo, e só os cardeais presentes sabem o que é discutido.