Um homem de 72 anos foi formalmente acusado de estupro contra sua própria neta, uma criança de 5 anos, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, conforme anunciado pela Polícia Civil nesta segunda-feira (1º de abril). Os abusos, segundo as autoridades, ocorreram repetidas vezes. Tanto a mãe da vítima quanto a avó tinham conhecimento dos abusos, porém optaram por não comunicar as autoridades anteriormente.
Segundo informações fornecidas pela instituição, uma denúncia resultou na detenção em flagrante do idoso, que também é pastor, no dia 11 de março. A criança apresentava lesões na área íntima e revelou à mãe o crime cometido pelo avô. A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) iniciou uma investigação sobre o caso.
A mãe da criança foi a responsável por denunciar o estupro e admitiu, em seu depoimento, que a filha já havia sido vítima de violência sexual em outras ocasiões pelo avô, mas ela não havia acionado a polícia anteriormente. Os crimes ocorriam na residência do familiar da menina.
“A questão que nos chama a atenção é que mesmo diante da revelação dos abusos sexuais, a mãe continuou permitindo que a criança ficasse na companhia do avô”, declarou a delegada Lia Valechi. A avó da criança, segundo a delegada, tentou desqualificar as acusações feitas pela criança, afirmando que os policiais não deveriam intervir, pois o marido era pastor e isso poderia “causar um escândalo”.
A mãe foi indiciada por permitir que a filha continuasse tendo contato com o avô. Consequentemente, tanto a mãe quanto a avó foram formalmente acusadas pelo crime de estupro de vulnerável, na modalidade omissiva, por não terem agido para evitar a recorrência do crime.