Consumo de arroz e feijão cai em MG e compra de ultraprocessados aumenta

O tradicional arroz com feijão, tão presente na mesa dos brasileiros, está perdendo espaço em Minas Gerais. De 2008 a 2018, o consumo caiu 35,2%, segundo o IBGE. Enquanto isso, alimentos industrializados e ultraprocessados, como biscoitos, refrigerantes, pizzas congeladas e macarrão instantâneo, ganharam mais espaço no dia a dia das pessoas.

A nutricionista e pesquisadora Thaís Caldeira, da UFMG, alerta que essa troca traz riscos para a saúde. “Ultraprocessados estão ligados a doenças como obesidade, hipertensão, diabetes e até depressão”, explica. Segundo ela, a falta de tempo, o preço alto de alimentos naturais e a propaganda constante dos industrializados ajudam a explicar essa mudança nos hábitos.

Thaís destaca que o ideal é consumir ultraprocessados o mínimo possível, pois não existe uma “quantidade segura” para eles. E embora cortar totalmente seja difícil, vale a pena repensar os hábitos e buscar substituições mais saudáveis.

A boa notícia é que, mesmo com esse crescimento dos industrializados, a base da alimentação dos mineiros ainda inclui leite, frutas, hortaliças, arroz e feijão. E é aí que está o segredo: essa combinação simples é rica em nutrientes e ajuda a prevenir várias doenças.

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