Homem é o terceiro condenado por envolvimento em ataque que deixou uma pessoa morta e seis feridas em abril de 2023. Crime chocou a população de Itabira.
No dia 13 de maio de 2025, o Tribunal do Júri de Itabira condenou mais um dos envolvidos no atentado ocorrido em 11 de abril de 2023, no bairro Nova Vista. O réu foi sentenciado a 74 anos e seis meses de reclusão por homicídio consumado, seis homicídios tentados, receptação de veículo e associação criminosa majorada.
Esse é o terceiro julgamento relacionado ao caso. O primeiro investigado já havia sido condenado a 62 anos e dois meses de prisão. O segundo recebeu a maior pena da história do município: 83 anos, dois meses e quinze dias de reclusão. O julgamento do último réu ainda não foi realizado.
Relembre o crime no Nova Vista
Na noite de 11 de abril de 2023, moradores do bairro Nova Vista, em Itabira, viveram momentos de terror. Segundo a investigação conduzida pela Polícia Civil, os acusados utilizaram um veículo Renault Duster branco, furtado previamente, para cometer o crime.
Eles circularam pelas ruas do bairro e efetuaram diversos disparos de arma de fogo, atingindo sete vítimas. Uma delas morreu no local. As demais foram socorridas com ferimentos, algumas em estado grave.
O cenário encontrado pelos investigadores foi descrito como “quase uma cena de guerra”. Havia dezenas de cápsulas de munições espalhadas pela via, marcas de tiros em muros, carros perfurados e muito sangue no chão.
A perícia recolheu 22 estojos de calibre 9mm Luger, 11 estojos de calibre .380, além de 7 projéteis – sendo quatro de calibre 9mm, um de calibre .380 e dois de calibre não identificado.
Vítimas inocentes e motivação do crime
O crime teria sido motivado por uma disputa violenta entre organizações criminosas atuantes em Itabira. No entanto, as investigações revelaram que seis das sete vítimas não tinham qualquer envolvimento com o crime organizado.
A vítima fatal havia chegado recentemente à cidade, vinda de outra localidade, com o objetivo de cuidar da tia idosa. Sua morte causou grande comoção entre familiares, vizinhos e moradores do bairro.
Prisões e desdobramentos da investigação
A atuação rápida e coordenada da Polícia Civil de Minas Gerais foi essencial para a elucidação do caso. Com base nas provas técnicas e nos depoimentos colhidos, foi possível identificar todos os autores envolvidos.
Após o indiciamento, a prisão preventiva dos suspeitos foi representada e autorizada pela Justiça. Os investigados foram capturados em diferentes momentos e locais, sendo posteriormente encaminhados ao sistema prisional, onde aguardaram julgamento.
Justiça feita e alerta à sociedade
Com essa nova condenação, soma-se um total superior a 219 anos de prisão já aplicados aos envolvidos, reforçando o compromisso da Justiça mineira no combate à criminalidade e à impunidade.
O caso evidencia a urgência de políticas públicas voltadas à segurança, prevenção e à integração entre forças policiais e comunidade. A atuação eficaz da Polícia Civil e a firmeza do Judiciário foram determinantes para dar uma resposta à altura da gravidade do crime.
Além disso, o episódio acendeu um alerta para os riscos que a guerra entre facções criminosas representa à população civil, especialmente em áreas periféricas. A morte de uma pessoa inocente e o sofrimento das demais vítimas reforçam a necessidade de investimentos em inteligência policial, monitoramento e ações preventivas.