Casal é preso em BH após abandono do corpo de recém-nascido em calçada

região Norte de Belo Horizonte, suspeitos de envolvimento no abandono do corpo de um recém-nascido em uma calçada. A prisão ocorreu após uma denúncia anônima que levou a Polícia Militar (PM) até a mãe da criança.

De acordo com a PM, a denúncia foi feita na noite desta quinta-feira e indicava que o bebê encontrado pela manhã seria filho da irmã da denunciante. No endereço indicado, os militares abordaram a suspeita, que inicialmente negou o envolvimento, mas depois confessou ser a mãe do bebê e alegou sofrer de problemas psicológicos.

Segundo relato da mulher à polícia, ela estava grávida, mas não queria ter o filho. Sem recursos para realizar um aborto, afirmou ter decidido “descartar” a criança após o parto. Ela contou que começou a sentir dores abdominais no sábado (24) e deu à luz na madrugada de domingo (25).

A mulher disse ter evitado olhar para o bebê, alegando não saber se ele estava vivo ou morto. Em seguida, enrolou a criança em uma manta, colocou dentro de uma sacola de lixo, amarrou e escondeu o pacote em um quartinho usado para guardar lixo, cobrindo com roupas velhas. Na terça-feira (27), colocou as sacolas na calçada para a coleta.

Imagens de câmeras de segurança ajudaram a identificar um homem de 55 anos, que aparece abandonando o corpo do recém-nascido na rua Américo Martins da Costa, também no bairro Minaslândia, nesta quinta-feira (29). Ele foi localizado e preso pela PM.

O homem, que atua como catador de materiais recicláveis, contou que recolheu as sacolas deixadas pela mulher na terça-feira. Segundo ele, não abriu a segunda sacola por causa do forte mau cheiro e, sem saber o que havia dentro, guardou o pacote em outro ponto de descarte de lixo. Apenas nesta quinta-feira (29) ele teria colocado a sacola na calçada para ser levada pelo caminhão de coleta.

Ambos os suspeitos foram conduzidos à delegacia. A Polícia Civil foi acionada e investiga o caso. A reportagem solicitou mais informações à corporação e aguarda retorno.

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