Lançado em abril de 2015, Barter 6, de Young Thug, completa uma década como um dos álbuns mais influentes do trap moderno. Com flows inovadores, ad-libs excêntricos e produção impecável assinada por nomes como London on da Track e Wheezy, o projeto consolidou Thug como uma figura central no hip-hop da década de 2010. Faixas como “Check” e “Halftime” se tornaram hits instantâneos e ajudaram o álbum a alcançar a certificação de ouro, além de garantir seu lugar como um clássico atemporal do gênero.
Por trás do sucesso, no entanto, há uma história marcada por polêmicas. O título original do álbum era Carter 6, uma homenagem explícita à famosa série Tha Carter, de Lil Wayne, composta por cinco álbuns. A intenção de tributo não agradou Wayne, que reagiu publicamente com críticas e ironias, incluindo falas como “não existe Carter 6” e “não ouçam músicas de caras pelados na capa”. Pressionado por possíveis ações legais, Young Thug alterou o nome do projeto para Barter 6 pouco antes do lançamento.
A tensão entre os dois artistas atingiu o ápice em abril de 2015, quando o ônibus da turnê de Lil Wayne foi alvejado por tiros. Jimmy “Peewee” Winfrey, associado à gravadora YSL — à qual Young Thug pertence —, foi condenado pelo ataque, embora não houvesse provas diretas que ligassem Thug ao caso.
Mesmo em meio às controvérsias, Barter 6 permanece como um marco cultural do hip-hop. Seu legado é evidente na nova geração de artistas que encontrou em Young Thug uma referência de liberdade criativa e estilo disruptivo.