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Lupi deve comparecer ao Senado na terça-feira em meio a denúncias de fraudes no INSS
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, deve participar da sessão da Comissão de Fiscalização e Controle do Senado nesta terça-feira (29). A presença dele já estava prevista antes de virem a público denúncias de fraudes no INSS. Até domingo (27), porém, Lupi ainda não tinha confirmado se iria, especialmente depois das novas revelações sobre crimes contra aposentados e pensionistas.
No sábado (26), a TV Globo divulgou que o ministro sabia das possíveis fraudes e demorou cerca de 10 meses para agir. Mesmo que Lupi não compareça, a comissão já deve analisar dois requerimentos relacionados ao caso. Um deles, do senador Rogério Marinho (PL-RN), pede a convocação do ministro — nesse caso, ele seria obrigado a comparecer se o pedido for aprovado. O outro é um convite feito pelo senador Dr. Hiran (PP-RR).
Fraudes no INSS pressionam Carlos Lupi
As denúncias trazidas pela TV Globo colocam o cargo de Lupi em risco. O escândalo já resultou na demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que aconteceu contra a vontade do ministro. Na quarta-feira (23), a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) fizeram buscas e bloquearam bens de investigados.
A investigação aponta que, entre 2019 e 2024, associações cobraram R$ 6,3 bilhões de beneficiários do INSS de forma irregular, fazendo descontos sem autorização. Essas entidades se diziam representantes de aposentados e pensionistas.
O primeiro alerta sobre as irregularidades foi feito em junho de 2023, durante uma reunião do Conselho Nacional da Previdência Social, presidido por Lupi. No entanto, o tema só voltou a ser discutido em abril de 2024. Em março do ano passado, o INSS tentou agir, mudando as regras para esses descontos.
Mesmo assim, as cobranças ilegais continuaram até sexta-feira (25). Após a operação da PF, os contratos das associações foram suspensos, e o governo prometeu devolver o dinheiro aos aposentados prejudicados.