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Ação policial combate discursos de ódio e desafios arriscados online
Nesta terça-feira (15), a Polícia está realizando uma grande operação em oito estados do Brasil contra um grupo criminoso que usava redes sociais e aplicativos de mensagens para espalhar ideias de ódio, extremismo e até incentivar automutilação entre adolescentes.
A operação, chamada Adolescência Segura, foi organizada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) com base em uma investigação feita pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. O grupo agia principalmente por meio de aplicativos criptografados como Discord e Telegram.
De acordo com a polícia, os criminosos cometiam crimes graves, como:
- Fazer apologia ao nazismo
- Compartilhar pornografia infantil
- Incentivar adolescentes a se machucar ou cometer suicídio
- Maltratar animais
- Tentar matar pessoas
As penas para esses crimes podem passar de 10 anos de prisão. Até agora, dois adultos foram presos e seis adolescentes foram apreendidos.
A operação está acontecendo em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Estão sendo cumpridos mandados de prisão, busca e apreensão, e internação de adolescentes envolvidos.
A investigação começou em fevereiro, depois que um adolescente atacou um morador de rua com dois coquetéis molotov, queimando 70% do corpo da vítima. O crime foi transmitido ao vivo no Discord por um homem chamado Miguel Felipe, que foi preso. O adolescente também foi apreendido. No celular dele, os policiais encontraram vídeos de abuso sexual infantil. Ele disse que receberia R$ 2 mil para cometer o ataque.
As investigações mostraram que o grupo fazia parte de uma rede maior, que já vinha sendo monitorada por autoridades dos Estados Unidos.
Segundo a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav-RJ), os criminosos usavam técnicas para manipular psicologicamente e aliciar crianças e adolescentes, especialmente alunos de escolas. Os jovens que mais participavam das ações criminosas ganhavam “recompensas internas”.
Desafio perigoso no TikTok causa morte de menina de 8 anos
No último domingo (13), uma menina de 8 anos chamada Sarah Raissa morreu no Distrito Federal após participar do chamado “desafio do desodorante”. Ela inalou o gás de um desodorante aerossol e teve uma parada cardíaca. Mesmo sendo reanimada no hospital, teve morte cerebral.
Foi o avô que encontrou a criança desmaiada, com um frasco de desodorante ao lado e o celular. A polícia agora tenta descobrir como ela teve acesso ao vídeo do desafio.
Este já é o segundo caso de morte no Brasil este ano por causa desse tipo de conteúdo. Em março, uma menina de 11 anos também morreu em Pernambuco após inalar desodorante.
Vídeos ensinando como fazer esse tipo de “desafio” circulam nas redes sociais, principalmente no TikTok. A plataforma informou que já removeu os conteúdos denunciados.